AS PESSOAS QUE OPTARAM PELAS UNIÕES INFELIZES POR INTERESSE CALCULADO OU VAIDADE
Se houve época em que os casamentos representavam arranjos de interesses dos pais, que disponham a seu bel prazer da felicidade dos filhos e filhas, hoje em dia esse quadro mudou, porque os próprios filhos e filhas têm exercido o direito de escolha do cônjuge muitas vezes com a maior irresponsabilidade, visando simplesmente viver uma aventura, já de antemão se preparando para eventual separação, quando esgotar-se o interesse, sobretudo, no exercício da sexualidade pura e simples.
Pouco, na verdade, se tem pensado na afinidade espiritual, porque, sem a autorreforma moral, procura-se a mera satisfação do egoísmo, onde cada um pensa em si e não se importa com a felicidade ou infelicidade alheias.
Não têm acontecido muitos casamentos em que prevalecem o interesse calculado ou a vaidade, os quais deveriam ocorrer em grande quantidade na época de Kardec, mas sim aqueles a que nos referimos linhas acima, uma vez que, após milênios de vivência, sobretudo, pelas mulheres, de uma desigualdade desumana, agora muitas querem usufruir de total liberdade, partindo para o extremo oposto, comprometendo-se eticamente através do exercício da sexualidade sem o necessário controle ético.
Todavia, como todo extremo tende a fazer o pêndulo do equilíbrio voltar para o extremo oposto, depois da vivência da extrema permissividade, deverá passar a imperar a Ética, inclusive na área da sexualidade. Nessa época, que se avizinha, os casamentos se realizarão com base na afinidade espiritual, única forma de perdurarem, com a realização da felicidade verdadeira dos cônjuges, cuja conduta será pautada pela prática das virtudes. Estaremos, então, em plena era da regeneração e seremos felizes.
(Livro: Causas Atuais das Aflições e sua Solução – O Aprendiz do Evangelho – Capítulo 01 – Item 1.9 – Por: Luiz Guilherme Marques)